Otimismo dos pequenos empresários continua baixo

O otimismo dos proprietários de pequenas empresas permanece baixo diante do aumento da inflação, do mercado de trabalho apertado e da perspectiva de queda nas vendas, de acordo com o mais recente Índice de Otimismo para Pequenas Empresas divulgado pela Federação Nacional de Empresas Independentes (NFIB).






O índice de junho, atualmente em 91, está abaixo da média de 50 anos de 98, ressaltando um estado de incerteza econômica. O economista-chefe do NFIB, Bill Dunkelberg, disse que a leitura está “claramente em território de recessão”, com a alta mais recente de 104 alcançada no início do mandato do ex-presidente Donald Trump.

Apesar de um ligeiro aumento em relação ao mês anterior, o sentimento das pequenas empresas é profundamente afetado pelas principais preocupações, como inflação e qualidade da mão de obra. O NFIB relata que as empresas estão tentando compensar os custos mais altos aumentando os preços, embora o ritmo desses aumentos tenha diminuído. Notavelmente, 44% das empresas estão aumentando os preços, enquanto 12% estão recorrendo a cortes de preços. Dunkelberg sugere que a flutuação de preços cria uma “situação muito dinâmica”, com os pequenos empresários tendo uma “perspectiva muito negativa para o segundo semestre”.


Os dados revelam uma tendência contínua de abertura de empregos em alta, diante das dificuldades de preenchimento de vagas, principalmente nos setores de manufatura, construção e transporte. Esse cenário do mercado de trabalho persiste apesar de uma desaceleração no crescimento do emprego nos EUA, com uma média de 278.000 empregos adicionados por mês este ano, em comparação com a média mensal do ano passado de 399.000. O NFIB alerta que mudanças negativas adicionais no mercado de trabalho podem prejudicar ainda mais o índice de otimismo das pequenas empresas, sinalizando uma possível desaceleração nas perspectivas econômicas.





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